Guerrilha do Araguaia

Guerrilha do Araguaia
Luta armada contra a ditadura militar brasileira

Tropas do Exército Brasileiro no Araguaia (década de 1970)
Data 19671974
Local região do Araguaia
Desfecho extermínio da guerrilha
Situação encerrada
Beligerantes
Brasil Governo militar brasileiro Partido Comunista do Brasil
Comandantes
Emílio Garrastazu Médici
Ernesto Geisel
Brasil Orlando Geisel
Brasil Milton Tavares de Souza
Brasil Viana Moog
Brasil Hugo Abreu
Brasil Antônio Bandeira
João Amazonas
Mauricio Grabois Executado
Elza Monnerat
Ângelo Arroyo
João Carlos Haas Sobrinho
Dinalva Oliveira Teixeira
Osvaldo Orlando da Costa
Forças
~ 5 000 militares ~ 80 guerrilheiros
Baixas
Desconhecido ~ 60 mortos

A Guerrilha do Araguaia foi um movimento guerrilheiro existente na região amazônica brasileira, ao longo do rio Araguaia, entre fins da década de 1960 e a primeira metade da década de 1970. Criada pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB), tinha por objetivo fomentar uma revolução socialista, a ser iniciada no campo, baseada nas experiências vitoriosas da Revolução Cubana e da Revolução Chinesa.[1]

Combatida pelas Forças Armadas a partir de 1972, quando vários de seus integrantes já haviam se estabelecido na região há pelo menos seis anos, o palco das operações de combate entre a guerrilha e os militares se deu onde os estados de Tocantins, Pará e Maranhão faziam divisa. Seu nome vem do fato de se localizar às margens do rio Araguaia, próximo às cidades de São Geraldo do Araguaia e Marabá no Pará e de Xambioá, no norte de Goiás (região onde atualmente é o norte do estado de Tocantins, também denominada como Bico do Papagaio).[2]

Estima-se que o movimento era composto por cerca de oitenta guerrilheiros sendo que, destes, menos de vinte sobreviveram, entre eles o ex-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), José Genoíno, que foi detido pelo Exército em 1972, ainda na primeira fase das operações militares. A maioria dos combatentes, formada principalmente por ex-estudantes universitários e profissionais liberais, foi morta em combate na selva ou executada após sua prisão pelos militares, durante as operações finais, em 1973 e 1974.[2] Mais de cinquenta deles são considerados ainda hoje como desaparecidos políticos.[3]

Desconhecida do restante do país à época em que ocorreu, protegida por uma cortina de silêncio e censura a que o movimento e as operações militares contra ela foram submetidos, os detalhes sobre a guerrilha só começaram a aparecer cerca de vinte anos após sua extinção pelas Forças Armadas, já no período de redemocratização.

  1. ÂNGELO, Vitor Amorim de. Guerrilha do Araguaia: Luta armada no campo, http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/guerrilha-araguaia.jhtm em 11/10/2001
  2. a b MORAIS, Tais de. SILVA, Eumano. Operação Araguaia: os arquivos secretos da guerrilha. São Paulo: Geração Editorial, 2005. 656p. ISBN 8575091190
  3. Dossiê dos Mortos e Desaparecidos Políticos a partir de 1964 (CEPE - Companhia Editora de Pernambuco Governo do Estado de Pernambuco, Recife 1995)

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